sábado, 19 de junho de 2010

Chico de volta ao Trofense


18/06/2010

            "O C.D.Trofense vem por este meio anunciar a contratação do jogador Chico por uma época. O jogador que já representou o C.D.Trofense durante 2 épocas e meia (de 2005 a 2007), é avançado e na última época jogava na Roménia, no Farul."

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Trofintas Cup 2010 - Resumo do Torneio


No fim-de-semana de 12 e 13 de Junho realizou-se no Complexo C.D.Trofense, o II Trofintas Cup - torneio de Futebol de 7, para os escalões de “Pré-Escolas” e de “Escolas”.
Participaram no torneio cerca de 750 crianças distribuídas pelas 48 equipas participantes. No escalão de “Pré-Escolas” venceu o Trofintas A e no escalão de “Escolas” venceu o Trofense A.

Sábado

O 1º dia do torneio foi reservado ao escalão de “Pré-Escolas” (nascidos em 2001/02) e mostrou-nos momentos de elevada qualidade futebolística acima de tudo porque estamos a falar de crianças com 7/8 anos. A inocência, a pureza, a descontracção e a alegria destas crianças era contagiante.
À medida que o torneio se desenvolveu algumas equipas foram-se distinguindo das demais, sendo o Trofintas “A”, o Gondim, o Desportivo das Aves e o Ribeirão “A” e as equipas que atingiram as Meias-finais. Estes jogos foram muito equilibrados com a emoção até ao final, já que os apurados para a grande final só foram encontrados através da marcação de grandes penalidades e aí o Trofintas “A” e o Ribeirão “A” foram os mais competentes levando de vencidos o Gondim e o Desportivo das Aves, respectivamente.
A final como se esperava iria ser muito bem disputada, já que colocava frente a frente as duas melhores equipas do Torneio. Com um início de jogo muito intenso, o Ribeirão “A” chegou à vantagem por intermédio de Rúben Costa. A partir desse momento a equipa do Trofintas “A” tomou conta dos acontecimentos e passou a jogar bem mais perto da baliza adversária.
Com naturalidade chegou ao golo do empate, bem como à vantagem de 2-1, por intermédio de Gonçalo Costa, resultado esse que se verificava ao intervalo. Numa segunda parte em que o Trofintas “A” continuou a dominar conseguiu ampliar a vantagem, chegando ao resultado final de 3-1, sagrando-se assim como os grandes Campeões.
Quanto aos prémios individuais, o Alexandre Correia (Trofintas “A”) foi considerado o melhor Jogador do torneio, o Luís Miguel (Ribeirão A) o melhor marcador com 14 golos e o João Pedro (Ribeirão A) considerado o melhor Guarda-Redes do torneio.

Domingo

O 2º dia do Torneio correspondia ao escalão de “Escolas” (nascidos em 1999/00) e cativou todos os presentes pela competitividade dos jogos e pela qualidade de jogo demonstrada por algumas equipas. Ao longo do torneio e à medida que a dificuldade e a intensidade de jogo aumentava 4 equipas atingiram as Meias-finais com elevado mérito. As equipas que o conseguiram foram o CD Trofense “A”, o Cavalões, O CD Trofense “B” e o Operário.
Nas Meias-finais, o CD Trofense “A” e o Operário conseguiram levar de vencidos o Cavalões e o CD Trofense “B”, respectivamente apurando-se para a grande final. Antes da realização da Final, bem como no seu intervalo, assistimos ao espectáculo de dança protagonizado pelo Grupo de Dança “Starkids” que vieram abrilhantar e animar todos os presentes.
Na Final e depois de um torneio intenso e desgastante, a equipa do CD Trofense “A”, à medida que o jogo se ia desenvolvendo, ia intensificando a sua pressão sobre o adversário e circulava a bola cada vez mais perto da baliza adversária. Fruto dessa qualidade de jogo chega à vantagem por intermédio do Vítor, a finalizar uma excelente jogada colectiva.
Apesar da vantagem, continuou à procura do 2º golo que viria a aparecer através de um canto, por intermédio do João Pereira. Ainda antes do intervalo, o CD Trofense “A” conseguiu ampliar a vantagem para 3-0, novamente pelo Vítor a finalizar à boca da baliza um cruzamento do lado esquerdo. Na segunda parte, o Operário tentou reagir e reduziu a desvantagem para 3-1 através do Jójó, num cruzamento remate do lado direito.
A partir deste momento o CD Trofense “A” tomou novamente conta do jogo, mas apesar das várias oportunidades de golo criadas o resultado não voltou a alterar-se. Desta forma o CD Trofense “A” sagra-se Campeão com uma vitória de 3-1 sobre o Operário.
Em termos de prémios individuais, o Daniel (Juventude de Joane) foi considerado o melhor Guarda-Redes do torneio, o João Tinoco (Cavalões) foi o melhor marcador com 8 golos e o Bruno Lima (CD Trofense “A”) foi considerado o melhor Jogador do torneio.
Após a entrega dos prémios, quer do 1º, quer do 2º dia, todos os presentes foram presenteados com uma sessão de fogo-de-artifício que dava por terminado mais uma iniciativa do Departamento de Formação do CD Trofense.
O Departamento de Formação quer ainda agradecer a todos aqueles que se deslocaram ao Complexo CDT para apreciar de perto a qualidade dos jovens jogadores, bem como aqueles que participaram na organização deste evento que, mais uma vez, promoveu e divulgou o Futebol de Formação.

Crónica Luis Freitas Lobo

Um dia, seremos todos heróis
Luís Freitas Lobo (www.expresso.pt)
12:12 Quarta-feira, 16 de Junho de 2010

Estão cada vez mais a preto e branco as recordações dos anos 60. Brilhava, então, Eusébio. Esta referência à 'pantera negra' é, na história do nosso futebol, apenas uma página de um longo trajecto feito no cruzamento de vários modelos e influências. Das ultramarinas, cheiro a África, às brasileiras, novas babilónias. 1966 será, para sempre, mágico. Eusébio, Coluna, Hilário, Vicente... Terá sido a primeira selecção de 'inspiração africana' a brilhar num Mundial.

Os loucos anos 20 formaram futebolisticamente o nosso primeiro mito (vida, futebol e morte). Pepe, lenda de calções pelos joelhos e chuteiras que pareciam umas travessas. Guiou a selecção na sua primeira aventura internacional antes do Mundial, nos Olímpicos de 1928, até aos quartos-de-final. Rapaz franzino, reza a história que executava jogadas com uma rapidez nunca vista. A sua morte, com 23 anos, mais aumentou a lenda. A mãe, por engano, em vez de bicarbonato de sódio, terá colocado potassa na comida. A dose maior foi ingerida por Pepe, que retirou da panela o chouriço, onde o veneno mais se concentrara.

Em termos de treinadores, o nosso futebol sempre esteve avançado no tempo. Cândido de Oliveira, anos 30/50, foi a mão que, com o seu saber, samarra e boina basca nos treinos e jogos, embalou o 'berço'. Viu o ADN do futebolista português, morfológica e fisicamente fraco mas com grande habilidade, e criou um estilo de passe rasteiro e curto. Ou seja: a equipa com a bola, o jogador sem ela. A técnica na táctica.

É impossível dissociar a era dourada do futebol português dos anos 60 do jogador chamado ultramarino, com igualdade de direitos face aos jogadores da 'metrópole'. Entre 57 e 67, chegaram aos nossos clubes 414 jogadores vindos das antigas colónias. Tinham todos a técnica esquiva, típica da raça negra, que, como disse Vítor Santos, "tem na pele a viveza e a sagacidade do homem do mato, para quem o perigo espreita por trás de cada arbusto". Ainda hoje, quando vejo Nani, já nascido em Portugal mas com raízes cabo-verdianas, penso nesta sublime frase. Por isso, ao perder o seu talento para este Mundial, Portugal não perdeu apenas um jogador, perdeu aquele que hoje transmitia mais alegria ao seu jogo e confiança a quem o via. Ronaldo é já um produto da nova mentalidade do jogador português e, claro, do próprio país, ao ponto de hoje já viver muito para lá (e acima) dele, numa galáxia muito distante.

Os últimos jogos revelaram que, sobretudo no processo ofensivo, ainda existe muito para mecanizar. No centro do debate, o 4x3x3 e Liedson, mais adaptado ao 4x4x2, que lhe dá outro avançado para combinar nas desmarcações. Sem ele, fica, muitas vezes, 'desligado' do jogo. A solução está no entendimento dos conceitos colectivos. Mas não é fácil para um jogador que, como disse o seu último treinador, Carvalhal, joga sobretudo por instinto. Isto é, quando lhe perguntam porque fez aquele ou outro movimento, ele responde: "Não sei. Apenas fiz o que me pareceu melhor". O problema é aplicar esse instinto a um sistema que pede outra percepção intuitiva do jogo. É por isso que, para definir um grande jogador, recordo sempre Guardiola: "No início, jogava e acreditava que as coisas aconteciam porque sim. Só me senti jogador quando entendi que elas só sucediam porque há uma lógica. Ou seja, aprendi a decifrar o jogo".

Quantos mais jogadores uma equipa tiver assim, melhor será. A selecção tem alguns. Deco acima de todos. Ele é o motor e coração (criação e organização) de uma equipa que pode dar sentido a uma 'história de futebol' com tantos anos. Como se em cada passe seu, em cada corte do Bruno Alves ou em cada arranque de Ronaldo, estivessem os ecos de tantas eras passadas. Até, um dia, sermos todos heróis.


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terça-feira, 15 de junho de 2010

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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Best Goals de Junho - Semana 2

Crónica de Luis Freitas Lobo

O que queres ser quando fores grande?
Luís Freitas Lobo (www.expresso.pt)
0:00 Quarta-feira, 9 de Junho de 2010

Chegou a hora de responder às perguntas mais difíceis. A mais clássica faz parte do crescimento de qualquer ser vivo (individual ou colectivo).

No início do crescimento, a primeira pergunta que mais nos atormenta é simples. O que queres ser quando fores grande? Numa altura em que é possível "querer ser tudo", é difícil dar uma resposta tão concreta. Uma equipa de futebol (como o jogador) também passa por um processo semelhante. Até que surge um momento em que a pergunta faz mais sentido. É obrigatória mesmo. E exige uma resposta clara. A selecção "queiroziana" pós-Scolari foi confrontada com esse dilema cedo de mais. Tremeu, hesitou, mas acabou por descobrir um rumo. Agora, com o Mundial no horizonte, chegou a altura certa de a confrontar com essa questão nos relvados da África do Sul. A selecção atingiu um ponto de maturidade ao qual se pode exigir saber "o que quer ser".

Esta forma de colocar a questão surgiu-me ao ver como, no último jogo contra os Camarões, Nani entrou, jogou, marcou e festejou, com semblante mais fechado, o seu golo num remate encantado que parecia ter feito levitar a bola. O seu percurso, num processo de crescimento humano e desportivo (de Alvalade a Manchester, suplente ou titular) é uma metáfora do caminho feito por esta selecção. Nesse sentido, Nani é hoje o jogador que melhor personifica a sua alma. Porque, no fundo, passou por um processo individual de crescimento (com avanços e recuos, frustrações e alegrias) muito idêntico.

A verdade é que as ideias, quando são apresentadas com coerência e dentro de um plano estratégico consistente, captam a atenção e seduzem a audiência. Pouco a pouco, a selecção de Queiroz foi respondendo aos "porquês" do público mais exigente, através da fidelidade a um projecto e respeito a uma filosofia de jogo. Os jogadores também "cresceram" com ela. Nani é hoje o que mais revolucionou esse pensamento e arrombou com um "chapéu" de grande classe a porta da titularidade no onze. Com a sua atitude, "disse" que a selecção pode ser, no cenário mundialista, tudo "o que quiser". Sonhar com o título mundial será, num mundo futebolisticamente "normal", utópico. Mas combater essa lógica pode ser, no entanto, um bom princípio para esta equipa decidir o que quer ser, agora que já é "grande".

Este será o quinto Mundial da história do futebol português. Antigamente, como aspirante a "primeira figura", parecia um caso perdido. Agora, é diferente. Olhando o passado e o presente, acredito que será aquele em que os jogadores menos sentirão o peso do cenário. Imagino Cristiano Ronaldo a pousar no relvado sul-africano com a mesma segurança de uma ave migratória. Coração forte e detector de minas. Isto é, personalidade com a bola e capacidade de fuga aos defesas adversários. Aos 25 anos, está no auge da sua carreira. A idade onde se cruzam, com maior impacto táctico-atlético, todas as qualidades. Antes da equipa jogar para ele, deverá ser ele, primeiro, a "entender" a equipa. Nesse contexto, o passe que fez para o golo de... Nani pode ser outro sinal de uma boa resposta à pergunta que faz o título deste artigo. Embora não cresça mais fisicamente, Deco, o guia táctico-espiritual-mor, será outra forma ideal de "falar" em campo (através do passe e organização de jogo ofensivo).

Futebolisticamente, este é o tipo de resposta que já só pode ser dada pelos jogadores. Ou melhor, por alguns jogadores com poderes espirituais dentro do onze. Vindos de pontos diferentes, estes três jogadores (Nani, Ronaldo e Deco) marcam a personalidade híbrida desta selecção onde o treinador deve ser sobretudo uma espécie de "coreógrafo táctico". Mais do que a palestra táctica, a palestra emocional. Para a equipa (jogadores) se sentir "grande". E responder sem medo à questão que tanto assusta o nosso crescimento.

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